Sempre que o mercado descobre uma nova jazida, há uma especulação em torno dela, mas a realidade é muito mais complexa — as reservas de elementos de terras raras estão realmente distribuídas de forma bastante ampla, o problema é que a concentração muitas vezes não atinge os padrões de exploração comercial. A verdadeira vantagem competitiva não está na prospecção, mas na refinaria. Essa é a verdadeira pedra angular.

Com os avanços tecnológicos atuais, alguns países já estabeleceram uma base sólida de processos na área de refino de terras raras, uma estrutura madura que levou mais de uma década ou até mais para ser desenvolvida — desde o pré-tratamento do minério, os processos de separação até o controle de pureza do produto, cada etapa possui uma sedimentação de tecnologia robusta. Essa vantagem do sistema industrial não é algo que se consegue ultrapassar em curto prazo. Visto por outro ângulo, os que chegam depois, querendo começar do zero, enfrentarão custos de tempo e investimento técnico que são números astronômicos, e talvez nem consigam alcançar o padrão tecnológico existente. Portanto, o fator decisivo nesta corrida não está nas minas, mas sim nos laboratórios e fábricas.