O México provocou tensão internacional após anunciar planos para aumentar drasticamente as tarifas de importação sobre carros fabricados na Ásia – especialmente na China – de 20% atuais para 50%. A medida faz parte de um pacote orçamental de 52 mil milhões de dólares, que ainda requer aprovação do Congresso.
A China emite um aviso
Pequim não perdeu tempo em responder. O Ministério do Comércio da China emitiu um comunicado instando o México a "pensar duas vezes" antes de implementar as taxas. Enquanto enfatiza que não deseja perturbar a cooperação econômica, a China deixou claro que está preparada para tomar "medidas necessárias para proteger firmemente os seus direitos e interesses legítimos."
A declaração também criticou os Estados Unidos pelo seu abuso a longo prazo das políticas tarifárias e alertou o México contra alinhar-se com a abordagem de Washington. De acordo com funcionários chineses, "a coerção nunca deve ocorrer à custa de terceiros."
O pano de fundo político do México
A proposta de tarifa foi apresentada pelo Ministro da Economia, Marcelo Ebrard, que enfatizou que, se aprovada pelo Congresso, a medida entraria em vigor 30 dias depois. O México também está a aproveitar o acordo comercial do USMCA com os Estados Unidos e o Canadá, que permite comércio isento de tarifas apenas se os veículos forem maioritariamente fabricados na América do Norte.
Pressão crescente sobre a indústria automóvel da China
O México não é o primeiro país a agir contra veículos chineses. A Rússia já impôs tarifas de 60%, enquanto o Brasil introduziu uma tarifa de 35% sobre veículos elétricos importados em julho. De acordo com o ex-embaixador mexicano na China, Jorge Guajardo, Pequim não usou uma retórica igualmente severa em relação a esses países, o que pode indicar que reconhece a relutância do mundo em absorver o excedente de produção da China.
A China admitiu esse desafio. No ano passado, um oficial chinês argumentou que o comércio global existe precisamente para absorver a sobreprodução – seja em eletricidade, gás natural, alimentos ou automóveis.
Bilhões investidos por fabricantes de automóveis chineses no México
Apesar da crescente resistência, os fabricantes de automóveis chineses estão consolidando a sua presença no México. Entre junho de 2022 e julho de 2024, mais de 20 empresas chinesas anunciaram projetos de investimento no valor de mais de 7 bilhões de dólares, abrangendo a produção de peças automotivas e a montagem de veículos completos.
Um dos maiores players, a BYD, ainda não começou a construção da sua fábrica planeada no México. Os analistas observam que as marcas chinesas no México estão frequentemente a capturar quota de mercado de outros fabricantes de automóveis asiáticos, em vez de diretamente de fabricantes ocidentais.
A resiliência dos veículos chineses
De acordo com Eugene Hsiao da Macquarie Capital, os carros chineses podem continuar competitivos apesar do aumento das tarifas. "O valor de muitos destes veículos mantém-se intacto, uma vez que oferecem mais características ou preços mais baixos do que os concorrentes regionais", explicou. Isso sugere que, mesmo com 50% de impostos de importação, as marcas chinesas poderiam manter uma forte demanda.
Conclusão
A decisão do México de aumentar as tarifas sobre carros chineses para 50% provocou fortes avisos de Pequim, que ameaçou retaliar. Embora as empresas chinesas já tenham investido bilhões no México, a enorme capacidade de produção automóvel do país está cada vez mais a enfrentar resistência em todo o mundo.
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A China ameaça retaliação enquanto o México planeia tarifas de 50% sobre carros fabricados na Ásia
O México provocou tensão internacional após anunciar planos para aumentar drasticamente as tarifas de importação sobre carros fabricados na Ásia – especialmente na China – de 20% atuais para 50%. A medida faz parte de um pacote orçamental de 52 mil milhões de dólares, que ainda requer aprovação do Congresso.
A China emite um aviso Pequim não perdeu tempo em responder. O Ministério do Comércio da China emitiu um comunicado instando o México a "pensar duas vezes" antes de implementar as taxas. Enquanto enfatiza que não deseja perturbar a cooperação econômica, a China deixou claro que está preparada para tomar "medidas necessárias para proteger firmemente os seus direitos e interesses legítimos." A declaração também criticou os Estados Unidos pelo seu abuso a longo prazo das políticas tarifárias e alertou o México contra alinhar-se com a abordagem de Washington. De acordo com funcionários chineses, "a coerção nunca deve ocorrer à custa de terceiros."
O pano de fundo político do México A proposta de tarifa foi apresentada pelo Ministro da Economia, Marcelo Ebrard, que enfatizou que, se aprovada pelo Congresso, a medida entraria em vigor 30 dias depois. O México também está a aproveitar o acordo comercial do USMCA com os Estados Unidos e o Canadá, que permite comércio isento de tarifas apenas se os veículos forem maioritariamente fabricados na América do Norte.
Pressão crescente sobre a indústria automóvel da China O México não é o primeiro país a agir contra veículos chineses. A Rússia já impôs tarifas de 60%, enquanto o Brasil introduziu uma tarifa de 35% sobre veículos elétricos importados em julho. De acordo com o ex-embaixador mexicano na China, Jorge Guajardo, Pequim não usou uma retórica igualmente severa em relação a esses países, o que pode indicar que reconhece a relutância do mundo em absorver o excedente de produção da China. A China admitiu esse desafio. No ano passado, um oficial chinês argumentou que o comércio global existe precisamente para absorver a sobreprodução – seja em eletricidade, gás natural, alimentos ou automóveis.
Bilhões investidos por fabricantes de automóveis chineses no México Apesar da crescente resistência, os fabricantes de automóveis chineses estão consolidando a sua presença no México. Entre junho de 2022 e julho de 2024, mais de 20 empresas chinesas anunciaram projetos de investimento no valor de mais de 7 bilhões de dólares, abrangendo a produção de peças automotivas e a montagem de veículos completos. Um dos maiores players, a BYD, ainda não começou a construção da sua fábrica planeada no México. Os analistas observam que as marcas chinesas no México estão frequentemente a capturar quota de mercado de outros fabricantes de automóveis asiáticos, em vez de diretamente de fabricantes ocidentais.
A resiliência dos veículos chineses De acordo com Eugene Hsiao da Macquarie Capital, os carros chineses podem continuar competitivos apesar do aumento das tarifas. "O valor de muitos destes veículos mantém-se intacto, uma vez que oferecem mais características ou preços mais baixos do que os concorrentes regionais", explicou. Isso sugere que, mesmo com 50% de impostos de importação, as marcas chinesas poderiam manter uma forte demanda.
Conclusão A decisão do México de aumentar as tarifas sobre carros chineses para 50% provocou fortes avisos de Pequim, que ameaçou retaliar. Embora as empresas chinesas já tenham investido bilhões no México, a enorme capacidade de produção automóvel do país está cada vez mais a enfrentar resistência em todo o mundo.
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