Caligan Partners inicia solicitação de consentimento para remodelar o Conselho da AMAG, citando uma década de perdas dos acionistas

Empresa de investimento cita a gestão dos administradores ligada a um desempenho severamente abaixo do esperado; propõe quatro novos membros para o conselho para impulsionar revisão estratégica

O Caso pela Mudança na AMAG Pharmaceuticals

Caligan Partners LP, detendo 10,3% da AMAG Pharmaceuticals, Inc. (NASDAQ: AMAG), lançou uma solicitação de consentimento buscando a aprovação dos acionistas para substituir quatro administradores atuais. A iniciativa segue o que a Caligan caracteriza como mais de uma década de destruição substancial de valor sob a supervisão do conselho atual.

O documento da firma inclui uma lista de quatro candidatos substitutos com experiência na indústria farmacêutica: Paul Fonteyne (ex-CEO da Boehringer Ingelheim USA), Lisa Gersh (ex-CEO na Alexander Wang e Martha Stewart Living Omnimedia), David Johnson (Sócio-Gerente da Caligan Partners LP), e Kenneth Shea (ex-Diretor Executivo Sênior na Guggenheim Securities).

Quantificando o Desempenho do Conselho: Uma Imagem Clara

Os números contam uma história convincente. O diretor Davey Scoon, atuando desde dezembro de 2006, preside um retorno total ao acionista da AMAG de -86%, em comparação com um retorno positivo de 307,3% do Nasdaq Biotech Index no mesmo período. Gino Santini (no conselho desde fevereiro de 2012) testemunhou um retorno negativo de 51,1% ao acionista contra os 165,7% positivos do índice. James Sulat e Dr. John Fallon apresentam resultados igualmente decepcionantes: -53,5% e -64,8%, respectivamente, contra ganhos de mercado mais amplos de 43,7% e 18,1%.

Desde 3 de janeiro de 2017, quando a AMAG iniciou seu “ambicioso plano estratégico de cinco anos”, o retorno total ao acionista da empresa caiu 76%—uma trajetória que a Caligan argumenta refletir erros estratégicos fundamentais, e não condições temporárias de mercado.

O Plano Estratégico Sob Crítica

A comunidade de investidores em produtos farmacêuticos expressou forte ceticismo sobre o portfólio de produtos da AMAG. Analistas da Cowen afirmaram em agosto de 2019 que “simplesmente não acreditamos no portfólio comercial atual (Intrarosa e Vyleesi)”, enquanto a Piper Jaffray descartou o lançamento do Vyleesi como “jogar dinheiro bom em mau”. A Jefferies destacou “desafios contínuos”, citando a lenta adoção do Vyleesi e a competição de genéricos que erodem as vendas de Makena (representando cerca de 40% da receita total).

Esse ceticismo de mercado se reflete na razão de interesse a descoberto da AMAG—uma das mais altas entre empresas farmacêuticas e de biotecnologia dos EUA, com mais de $300 milhão em estimativas de receita de produtos em consenso para 2019.

O deterioramento financeiro da empresa reforça essas preocupações. O EBITDA ajustado da AMAG, sem GAAP, passou de um valor positivo de $223 milhão em 2016 para estimativas de consenso de -$83 milhão em 2019—uma reversão de $306 milhão em apenas três anos.

Preocupações com Responsabilidade: Remuneração Apesar das Perdas

Apesar de supervisionar o declínio da empresa, a alta gestão da AMAG recebeu uma compensação de incentivo média anual de 110% do alvo entre 2012 e 2019. Durante o mesmo período, os membros do conselho aprovaram um aumento de 70% na sua própria remuneração anual, mesmo com o preço das ações caindo aproximadamente 50%.

A Caligan destaca uma decisão particularmente grave: o conselho aprovou a aquisição da CBR por $683 milhão em 2015 (financiada parcialmente por uma emissão de dívida de $500 milhão), apenas para autorizar sua alienação menos de três anos depois por $519 milhão em 2018. A transação custou aos acionistas da AMAG mais de $208 milhão em perdas líquidas, considerando taxas de financiamento e perdas na extinção da dívida—equivalente a 50% da capitalização de mercado atual da AMAG. Posteriormente, o conselho citou a alienação da CBR como prova de uma “gestão responsável”.

Um Desafio à Liderança Atual

A Caligan levanta uma questão direta: se o conselho da AMAG realmente confia na posição estratégica da empresa, por que apenas um dos oito diretores não executivos comprou pessoalmente ações da empresa com seus próprios fundos?

Caminho Proposto

Após a renovação do conselho, a Caligan defende três ações imediatas:

  1. Conduzir uma revisão estratégica abrangente examinando alternativas, incluindo a possível separação dos ativos de saúde feminina da AMAG (Intrarosa, Vyleesi) de Feraheme e Ciraparantag

  2. Racionalizar os níveis de gastos comerciais para restaurar a lucratividade da empresa

  3. Iniciar um processo robusto para garantir parcerias de distribuição internacional para Feraheme

A Caligan argumenta que uma mudança significativa dos acionistas requer esse processo de solicitação de consentimento, dado o desempenho abaixo do esperado da AMAG e o desconto na avaliação em relação aos pares do setor. A firma sustenta que isso representa um mecanismo saudável de governança corporativa—não um ataque à gestão, mas uma redefinição necessária após anos de erosão de valor.

Acionistas interessados em apoiar a proposta podem contatar o solicitador de procurações D.F. King & Co., Inc. pelo (800) 252-8173 (ligação gratuita) ou (212) 269-5550 (chamada paga) para informações e assistência sobre votação.

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