Após a divulgação das atas da reunião do FOMC de dezembro, um sinal tornou-se cada vez mais claro — a possibilidade de uma nova redução de juros em janeiro do próximo ano praticamente não existe mais. Compreender a redação das atas é, na verdade, entender a verdadeira postura dos altos dirigentes do Federal Reserve.
Primeiro, vejamos a votação de dezembro. Quantos dos membros que apoiaram a redução de juros realmente queriam essa redução? Para ser honesto, poucos. Muitos inicialmente eram contra, e só concordaram com a redução de 25bp no final, principalmente por preocupação com a deterioração do mercado de trabalho e para fazer uma cobertura antecipada. Isso mostra que aquela redução foi um compromisso, e não uma mudança genuína de postura.
Depois, sobre a questão da inflação. Em dezembro, a possibilidade de redução de juros parecia viável, além do risco para o emprego, havia uma lógica subjacente — a inflação iria naturalmente recuar. Mas desta vez, as atas mudaram de tom, ficando claramente mais duras. O principal significado é que quebraram o sonho do mercado, reforçando que a meta de 2% de inflação continua sendo a prioridade. É como se jogassem uma ducha de água fria nas expectativas do mercado.
Há também um detalhe muito importante — as atas mencionam o início do RMP e a remoção do limite do SRF. Essa combinação parece indicar continuidade do afrouxamento, mas na essência, é outra coisa. O Federal Reserve está preparando o sistema financeiro com antecedência, garantindo liquidez suficiente. O objetivo real dessa ação não é injetar mais dinheiro, mas assegurar que a reunião de janeiro tenha firmeza suficiente para manter a política inalterada, aguardando mais alguns meses de dados antes de tomar uma decisão.
Portanto, a situação atual é: antes da reunião de janeiro, a menos que os dados de inflação sofram uma queda inesperada ou a situação do emprego piore drasticamente, a pausa na redução de juros é praticamente uma direção já definida. Claro que, se o novo presidente do Federal Reserve tiver uma visão diferente sobre a política de juros, isso pode mudar a expectativa. Mas, pelos sinais atuais, essa probabilidade não é muito alta.
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DefiPlaybook
· 10h atrás
De acordo com as sutis mudanças na redação do memorando e com os dados de votação, a proporção de apoio genuíno ao corte de juros é muito inferior ao número de concordância aparente... Desta vez, o Federal Reserve está a jogar com uma combinação de "liquidez de apoio + manutenção da política inalterada", sendo importante notar a mudança de 180 graus na atitude em relação à inflação.
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SmartMoneyWallet
· 10h atrás
A combinação do RMP com a remoção do limite de SRF, na verdade, é como uma vacina preventiva; o mercado ainda está sonhando acordado.
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ContractBugHunter
· 10h atrás
Certo, percebi, a combinação de medidas do Federal Reserve na verdade é apenas uma encenação de afrouxamento, enquanto na realidade está a retirar as escadas.
Poucos realmente querem uma redução, desta vez foi apenas uma concessão, e em janeiro nada de esperar.
A inflação está forte? Isso indica que o Federal Reserve está a dar uma face fria ao mercado, mas o sonho ainda deve acabar.
A operação de limite superior do RMP e SRF parece relaxar, mas na verdade está a reforçar o sistema, para que em janeiro possa manter-se firme e inalterado.
A situação atual tem apenas duas possibilidades — ou a inflação despenca de repente, ou o emprego piora repentinamente, caso contrário, a redução de taxas em janeiro está praticamente fora de questão.
O que o novo presidente pode mudar? A probabilidade é muito pequena, o sinal já está dado.
Portanto, o mercado deve ficar decepcionado nesta onda.
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MidnightSeller
· 10h atrás
Claro, esta jogada do Federal Reserve é pura manipulação, a redução de juros em dezembro não foi de verdade, foi só para disfarçar os números de emprego ruins.
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UncleWhale
· 11h atrás
Mais uma vez a dar-se uma vacina preventiva, esta operação do Federal Reserve é um exemplo clássico de "não vou cortar as taxas, mas tenho que fazer você pensar que posso cortar a qualquer momento", o mercado agora está apenas à espera de ser cortado.
Após a divulgação das atas da reunião do FOMC de dezembro, um sinal tornou-se cada vez mais claro — a possibilidade de uma nova redução de juros em janeiro do próximo ano praticamente não existe mais. Compreender a redação das atas é, na verdade, entender a verdadeira postura dos altos dirigentes do Federal Reserve.
Primeiro, vejamos a votação de dezembro. Quantos dos membros que apoiaram a redução de juros realmente queriam essa redução? Para ser honesto, poucos. Muitos inicialmente eram contra, e só concordaram com a redução de 25bp no final, principalmente por preocupação com a deterioração do mercado de trabalho e para fazer uma cobertura antecipada. Isso mostra que aquela redução foi um compromisso, e não uma mudança genuína de postura.
Depois, sobre a questão da inflação. Em dezembro, a possibilidade de redução de juros parecia viável, além do risco para o emprego, havia uma lógica subjacente — a inflação iria naturalmente recuar. Mas desta vez, as atas mudaram de tom, ficando claramente mais duras. O principal significado é que quebraram o sonho do mercado, reforçando que a meta de 2% de inflação continua sendo a prioridade. É como se jogassem uma ducha de água fria nas expectativas do mercado.
Há também um detalhe muito importante — as atas mencionam o início do RMP e a remoção do limite do SRF. Essa combinação parece indicar continuidade do afrouxamento, mas na essência, é outra coisa. O Federal Reserve está preparando o sistema financeiro com antecedência, garantindo liquidez suficiente. O objetivo real dessa ação não é injetar mais dinheiro, mas assegurar que a reunião de janeiro tenha firmeza suficiente para manter a política inalterada, aguardando mais alguns meses de dados antes de tomar uma decisão.
Portanto, a situação atual é: antes da reunião de janeiro, a menos que os dados de inflação sofram uma queda inesperada ou a situação do emprego piore drasticamente, a pausa na redução de juros é praticamente uma direção já definida. Claro que, se o novo presidente do Federal Reserve tiver uma visão diferente sobre a política de juros, isso pode mudar a expectativa. Mas, pelos sinais atuais, essa probabilidade não é muito alta.