O setor de exploração espacial comercial está a receber uma tripla vantagem: apoio político, avanços tecnológicos e realização de resultados. Esta indústria passou da fase de exploração inicial para um período de crescimento explosivo.

**A história no estrangeiro já está bem definida**

A SpaceX, como referência global, já estabeleceu o ciclo completo do negócio comercial — redução de custos, criação de rede, obtenção de lucros, formando um ciclo contínuo.

O desempenho do Starlink é o melhor exemplo. Prevê-se que, até 2025, a receita ultrapasse os 10 mil milhões de dólares, com mais de 8 milhões de utilizadores. Isto prova que a internet por satélite não é apenas um conceito, mas um mercado real de alto lucro e alta velocidade de crescimento, avaliado em biliões.

O progresso do Starship é ainda mais ambicioso. Com os testes de voo a avançar continuamente, o custo de lançamento por missão poderá cair abaixo de 100 dólares por quilo, o que mudará completamente a forma de fazer economia no espaço.

O caso da Rocket Lab também é inspirador. Ao integrar a fabricação de foguetes e satélites, criando um sistema de serviço de ponta a ponta, as receitas do terceiro trimestre aumentaram 48%. Isto mostra às empresas secundárias que a diferenciação é a chave para sobreviver.

**O mercado interno encontra-se numa janela crítica**

A procura já está bastante apertada. As redes de satélites domésticas e os principais constelações estão a acelerar a implementação, com uma necessidade anual de mais de 1000 lançamentos de satélites. Mas, atualmente, a capacidade das equipas nacionais é insuficiente, muito aquém do necessário. As empresas privadas de foguetes enfrentam uma procura de mercado rígida e contínua.

Os avanços tecnológicos estão ao virar da esquina. Entre o final de 2025 e 2026, será o período crucial de validação dos foguetes reutilizáveis de líquido. Foguetes reutilizáveis como o Zhuque 3 da Blue Arrow Aerospace ou o Long March 12X do programa nacional, espera-se que sejam realmente reutilizados neste ciclo. Uma vez bem-sucedidos, os custos de lançamento irão diminuir drasticamente, resolvendo a longo prazo o problema de capacidade de transporte que tem dificultado a implantação de constelações de satélites.