## Por que o XAU/USD recua de pico de sete semanas enquanto sinais de política obscurecem o caminho do ouro



**Significado e Contexto: Compreendendo o XAU no mercado atual**

XAU, o símbolo químico que representa o ouro, forma a base do ticker XAU/USD—um indicador-chave do valor do lingote medido em dólares americanos. À medida que os preços do ouro recuaram de um pico impressionante de $4.353, atingido há sete semanas, traders em todo o mundo garantiram lucros substanciais após uma subida semanal notável. No momento da publicação, o metal precioso estabilizou-se em torno de $4.302, embora o suporte subjacente permaneça intacto em meio a incertezas persistentes.

**Pressões de realização de lucros contrabalançam confusão na política do Fed**

A retração da semana reflete um comportamento clássico de gestão de risco. Após a ascensão notável do ouro, investidores aproveitaram os ganhos antes do fechamento de semana, reduzindo suas posições longas em aproximadamente 0,51% em relação ao pico. Essa retirada tática mascara um suporte estrutural mais profundo: as comunicações do Federal Reserve continuam a turvar as perspectivas de política. Os oficiais expressaram crescente ansiedade com relação às leituras persistentes de inflação, especialmente enquanto paralisações governamentais dificultam sinais econômicos críticos. Jerome Powell alertou que muitas estatísticas enfrentam complicações de distorção, criando uma névoa em torno das futuras decisões de definição de taxas.

**Fragilidade do mercado de trabalho e atritos geopolíticos impulsionam o lingote**

Dados de pedidos de auxílio-desemprego apresentaram sinais mistos nesta semana. Os pedidos iniciais subiram para 236 mil—um aumento acentuado de 44 mil em relação aos 192 mil revisados da semana anterior—sugerindo deterioração no mercado de trabalho. Os pedidos contínuos, no entanto, caíram para 1,838 milhão de 1,937 milhão, indicando alguma estabilidade subjacente. Enquanto isso, negociações de paz estagnadas entre Rússia e Ucrânia continuam a pesar no sentimento de risco. A Casa Branca revelou a frustração do Presidente Trump com a velocidade das negociações e desacordos com a liderança ucraniana sobre os termos de um acordo proposto, mantendo ativos de refúgio como o ouro em foco.

**Oficiais do Fed divididos sobre o caminho da inflação e trajetória das taxas**

As divisões internas do banco central emergiram de forma proeminente. Jeffrey Schmid, presidente do Federal Reserve de Kansas City, argumentou que a inflação permanece "quente demais" e defendeu a manutenção de uma política restritiva, observando que a economia apresenta "ímpeto" aliado a pressões de preços elevadas. Austan Goolsbee, presidente do Fed de Chicago, adotou uma postura dovish, preferindo pausar as decisões de taxa até obter dados mais claros sobre inflação e emprego, embora tenha sinalizado abertura para cortes de 50 pontos base no próximo ano, caso as condições evoluam conforme o esperado. Anna Paulson, presidente do Fed de Filadélfia, destacou vulnerabilidades persistentes no mercado de trabalho, mas expressou confiança de que pressões de preços impulsionadas por tarifas podem desaparecer naturalmente. Beth Hammack, do Fed de Cleveland, adotou uma postura hawkish, considerando as taxas atuais "em torno de neutras" e preferindo configurações mais restritivas para combater a inflação.

**Dinâmicas de moeda e rendimento apoiam o ouro**

O Índice do Dólar Americano permaneceu estável perto de 98,35, negando ao dólar a força necessária para limitar o avanço do lingote. Mais significativamente, os rendimentos reais—que se movem inversamente aos preços do ouro—caíram quase 2,5 pontos base, para 1,872%, oferecendo impulso para os metais preciosos. Os rendimentos nominais dos títulos do Tesouro de 10 anos subiram 4 pontos base, para 4,19%, mas a compressão das taxas reais permaneceu favorável ao ouro.

**Configuração técnica: Os touros mantêm o controle apesar de sinais de sobrecompra**

Do ponto de vista técnico, a tendência de alta do XAU/USD permanece intacta. O Índice de Força Relativa (RSI) entrou em território de sobrecompra, confirmando um impulso de compra vigoroso apesar da retração de sexta-feira. Caso o ouro ultrapasse a máxima de $4.353 desta semana, o próximo alvo será o recorde histórico de $4.381. Uma confirmação decisiva além desse nível abrirá portas para $4.400, $4.450 e, por fim, $4.500. Por outro lado, quedas abaixo da máxima de 11 de dezembro de $4.285 podem desencadear maior pressão de venda, com $4.250 e $4.200 atuando como zonas de suporte secundárias.

**Perspectiva: A demanda por ouro permanece resiliente**

Com a ausência de clareza do Federal Reserve, riscos geopolíticos não resolvidos e questões no mercado de trabalho ainda pendentes, o cenário fundamental do ouro continua justificando avaliações elevadas. A realização de lucros de curto prazo pode persistir, mas a estrutura de suporte—centrada na incerteza das taxas e na demanda por refúgio—sugere que qualquer fraqueza oferece oportunidades de compra para investidores de longo prazo.
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