Esta semana, os mercados financeiros globais estiveram bastante animados—os mercados acionistas subiram, mas o mercado obrigacionista começou a mostrar sinais de inquietação. As expectativas de descida das taxas de juro aquecem cada vez mais, o uso de alavancagem está a atingir novos extremos e o custo da dívida nos mercados emergentes atingiu novamente um máximo histórico. À superfície tudo parece calmo, mas por baixo há correntes fortes a entrecruzar-se, deixando os investidores numa montanha-russa de emoções.
A mudança mais evidente? O apetite pelo risco regressou. As bolsas mundiais registaram subidas generalizadas, as expectativas de cortes nas taxas da Fed aumentaram continuamente e o mercado parece já estar a celebrar antecipadamente o regresso da "era expansionista". Mas há um detalhe curioso: o Banco do Japão deu uma reviravolta inesperada—lançou um raro sinal hawkish, sugerindo que uma subida das taxas pode estar para breve. Como resultado, o rendimento das obrigações japonesas a 10 anos atingiu um novo máximo recente, pressionando também os mercados obrigacionistas globais. As políticas monetárias começam a divergir, o capital foge aceleradamente das obrigações de baixo rendimento e dirige-se para o mercado acionista. Os fluxos de capital e os sistemas de avaliação podem estar prestes a sofrer uma grande reorganização.
Mais preocupante ainda são os riscos de alavancagem e crédito. Vários fundos de hedge foram expostos por estarem a utilizar níveis de alavancagem próximos dos máximos históricos para apostar em estratégias suportadas por dívida. O que significa esta alavancagem elevada? Assim que a liquidez aperta, o risco de liquidação forçada multiplica-se exponencialmente. Especialmente nos ativos ligados à IA, onde a sobrevalorização e a excessiva dependência de financiamento através do aumento da dívida têm sido repetidamente apontadas, o alarme de bolha soa cada vez mais alto.
Nos tempos que se avizinham, a direção da política macroeconómica e as alterações no ambiente de crédito serão os principais motores da reavaliação global do capital. O aquecimento do mercado é certamente positivo, mas as contradições estruturais continuam a acumular-se—e é aí que reside o verdadeiro ponto de atenção.
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ProofOfNothing
· 12-10 15:42
A alavancagem está prestes a explodir, ainda estamos em festa, realmente não aguento mais
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WalletDivorcer
· 12-09 17:02
O efeito de alavancagem já atingiu o topo, esta bolha da IA vai rebentar mais cedo ou mais tarde.
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MetaDreamer
· 12-09 16:55
É sempre o mesmo filme: especula-se com as expectativas de descida das taxas de juro, o alavancamento vai até ao topo, e no fim acaba sempre por rebentar. Esta bolha da IA já não se aguenta mais.
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VCsSuckMyLiquidity
· 12-09 16:55
Sempre a mesma ilusão dos cortes de juros, está na hora de acordar e ver como está a pilha de alavancagem.
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GasFeeCrier
· 12-09 16:48
A especular novamente sobre cortes de juros? Estratégias de alta alavancagem como estas, mais cedo ou mais tarde vão acabar mal.
Esta semana, os mercados financeiros globais estiveram bastante animados—os mercados acionistas subiram, mas o mercado obrigacionista começou a mostrar sinais de inquietação. As expectativas de descida das taxas de juro aquecem cada vez mais, o uso de alavancagem está a atingir novos extremos e o custo da dívida nos mercados emergentes atingiu novamente um máximo histórico. À superfície tudo parece calmo, mas por baixo há correntes fortes a entrecruzar-se, deixando os investidores numa montanha-russa de emoções.
A mudança mais evidente? O apetite pelo risco regressou. As bolsas mundiais registaram subidas generalizadas, as expectativas de cortes nas taxas da Fed aumentaram continuamente e o mercado parece já estar a celebrar antecipadamente o regresso da "era expansionista". Mas há um detalhe curioso: o Banco do Japão deu uma reviravolta inesperada—lançou um raro sinal hawkish, sugerindo que uma subida das taxas pode estar para breve. Como resultado, o rendimento das obrigações japonesas a 10 anos atingiu um novo máximo recente, pressionando também os mercados obrigacionistas globais. As políticas monetárias começam a divergir, o capital foge aceleradamente das obrigações de baixo rendimento e dirige-se para o mercado acionista. Os fluxos de capital e os sistemas de avaliação podem estar prestes a sofrer uma grande reorganização.
Mais preocupante ainda são os riscos de alavancagem e crédito. Vários fundos de hedge foram expostos por estarem a utilizar níveis de alavancagem próximos dos máximos históricos para apostar em estratégias suportadas por dívida. O que significa esta alavancagem elevada? Assim que a liquidez aperta, o risco de liquidação forçada multiplica-se exponencialmente. Especialmente nos ativos ligados à IA, onde a sobrevalorização e a excessiva dependência de financiamento através do aumento da dívida têm sido repetidamente apontadas, o alarme de bolha soa cada vez mais alto.
Nos tempos que se avizinham, a direção da política macroeconómica e as alterações no ambiente de crédito serão os principais motores da reavaliação global do capital. O aquecimento do mercado é certamente positivo, mas as contradições estruturais continuam a acumular-se—e é aí que reside o verdadeiro ponto de atenção.