Algo está a mudar entre os jovens investidores na América, e não é bonito. Cada vez mais membros da Geração Z e millennials estão a investir em ativos extremamente arriscados — estamos a falar de meme coins, operações alavancadas, altcoins especulativas — enquanto, ao mesmo tempo, gastam dinheiro em coisas de que definitivamente não precisam. Porquê? A razão subjacente é verdadeiramente deprimente.

Parece que há uma mentalidade crescente de "já que estamos aqui, YOLO" entre os mais jovens. Incerteza económica, custo de vida altíssimo, mercados imobiliários impossíveis — quando construir riqueza de forma tradicional parece inalcançável, porque não arriscar tudo naquela shitcoin que pode multiplicar por 100 ou gastar em mais um gadget desnecessário? A matemática deixa de fazer sentido quando já desististe do Sonho Americano.

Isto já não é território de conselhos financeiros. É economia comportamental a cruzar-se com uma crise existencial. Quando as pessoas perdem a fé nos caminhos convencionais para a estabilidade, ou vão a fundo em apostas de alto risco ou entregam-se a gastos niilistas. Por vezes, ambos. E, honestamente? Não se pode culpá-los totalmente quando para uma entrada numa casa é preciso vender um rim e a reforma parece ficção científica.

O espaço cripto vê esta energia todos os dias — carteiras jovens a mexerem-se rápido, a perseguirem pumps, a rodarem entre ciclos de hype sem qualquer calma. Esse apetite pelo risco alimentado pelo desespero? É um sintoma, não a doença.