Mas ele já perdeu a coisa mais importante. Risco, para ele, não é mais tão assustador. Ele entendeu uma coisa: conforto não resolve a dor, a capacidade sim. Então, ele começou a estudar. Não apenas finanças— física, evolução, biologia, psicologia, história. Ele não segue tendências, segue padrões. Ele divide o mundo em vários "modelos", usados para julgar pessoas, incentivos, erros e probabilidades. Essa forma de pensar o levou a Warren Buffett. Naquela noite em Omaha, Buffett já era um investidor famoso. Munger não quis "provar" nada. Ele apenas mudou a forma de pensar de Buffett. Buffett costumava comprar: empresas baratas e ruins. Munger disse: compre boas empresas, mesmo que não sejam baratas. Qualidade é mais importante que desconto. O tempo está do lado de bons negócios. Essa mudança criou a Berkshire Hathaway de hoje. Munger tornou-se vice-presidente, e é ele quem está por trás das decisões há décadas. Ele odeia a estupidez. Tem o hábito de pensar ao contrário. Observa a estrutura de incentivos para entender o mundo. Todos os dias, lê que as crianças dizem que ele é um "livro com pernas".