A Secretária do Tesouro, Bessent, salientou recentemente que a frustração da atual administração com a cobertura económica dominante está a aumentar. Os números das sondagens continuam a cair enquanto as famílias continuam a sentir a pressão do aumento do custo de vida.

A desconexão é bastante clara: as narrativas oficiais chocam com aquilo que as pessoas experienciam nas caixas dos supermercados. Quando os dados da inflação mostram "melhorias", mas as contas do supermercado teimam em não baixar, essa diferença alimenta ventos políticos contrários.

Para os traders e observadores macroeconómicos, esta tensão é relevante. As respostas políticas costumam mudar quando as taxas de aprovação descem — o que pode significar movimentos fiscais mais agressivos ou pressão sobre a Fed. As guerras de mensagens económicas costumam sinalizar problemas estruturais mais profundos do que as manchetes deixam transparecer.

Lição para os mercados? Fiquem atentos aos dados de sentimento do consumidor e ao crescimento real dos salários, não apenas aos números do CPI. A pressão política sobre a política económica pode reconfigurar os ativos de risco mais rapidamente do que a maioria espera.