O mercado de dívida do Japão anda um pouco agitado ultimamente.
No dia 2 de dezembro, a taxa de rendimento dos títulos do governo a 30 anos disparou para um novo máximo histórico - 3,405%, com um aumento de 1,5 pontos base em um único dia. Por trás disso, há duas pistas: primeiro, a inflação no Japão não consegue ser contida, os preços continuam a subir; segundo, o mercado aposta amplamente que o Banco do Japão vai agir e aumentar as taxas de juros no final do mês.
Mais importante ainda, o presidente do banco central, Kazuo Ueda, declarou publicamente na segunda-feira que a reunião iminente irá "discutir seriamente o tema do aumento da taxa de juros". Assim que isso foi dito, as expectativas de aumento da taxa de juros foram completamente confirmadas. No entanto, há um detalhe bastante sutil - a taxa de rendimento dos títulos do governo a 10 anos permaneceu inalterada, estabilizando em 1,875%, em contraste com a loucura dos títulos de longo prazo.
Que sinaliza essa divisão? A situação atual do Japão é bastante embaraçosa. Por um lado, a pressão inflacionária força o banco central a endurecer a política; por outro lado, o aumento das taxas de juros elevará diretamente os custos de empréstimos, forçando tanto as empresas quanto os cidadãos a apertar os cintos, o que certamente afetará o consumo e o investimento.
Mas o que realmente merece atenção é a reação em cadeia global. O Japão tem exportado liquidez para os mercados externos há décadas, baseado em políticas de taxas de juros ultra-baixas, com uma grande quantidade de fundos a entrar nos mercados internacionais. Assim que as taxas de juros aumentarem, esse dinheiro poderá retornar ao país, e nesse momento o pool de liquidez nos mercados globais terá que encolher. Ativos de alto risco como as criptomoedas, provavelmente, serão os primeiros a sentir o impacto — com a liquidez a se restringir, a volatilidade dos preços certamente não poderá ser evitada.
Portanto, o foco a seguir é acompanhar as ações do Banco do Japão: afinal, vai aumentar? Quanto vai aumentar? Como será controlado o ritmo? As respostas a estas questões podem decidir diretamente a direção do mercado até o final do ano.
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GweiWatcher
· 6h atrás
O Banco Central do Japão realmente vai agir, e agora os bons tempos no mercado de criptomoedas podem estar chegando ao fim. Quando a liquidez é restringida, o mundo crypto certamente será impactado.
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CountdownToBroke
· 6h atrás
Quando o Japão aumentar as taxas de juros, o mundo crypto vai chorar, no momento em que a Liquidez voltar, os alts provavelmente vão colapsar.
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LoneValidator
· 6h atrás
Se o Japão realmente aumentar as taxas de juros, o mundo crypto vai provavelmente sofrer... com a liquidez reduzida, os ativos de alto risco vão inevitavelmente se machucar.
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IntrovertMetaverse
· 6h atrás
O Japão vai aumentar as taxas de juro, o nosso dinheiro para SUSHI vai ser feito as pessoas de parvas novamente.
O mercado de dívida do Japão anda um pouco agitado ultimamente.
No dia 2 de dezembro, a taxa de rendimento dos títulos do governo a 30 anos disparou para um novo máximo histórico - 3,405%, com um aumento de 1,5 pontos base em um único dia. Por trás disso, há duas pistas: primeiro, a inflação no Japão não consegue ser contida, os preços continuam a subir; segundo, o mercado aposta amplamente que o Banco do Japão vai agir e aumentar as taxas de juros no final do mês.
Mais importante ainda, o presidente do banco central, Kazuo Ueda, declarou publicamente na segunda-feira que a reunião iminente irá "discutir seriamente o tema do aumento da taxa de juros". Assim que isso foi dito, as expectativas de aumento da taxa de juros foram completamente confirmadas. No entanto, há um detalhe bastante sutil - a taxa de rendimento dos títulos do governo a 10 anos permaneceu inalterada, estabilizando em 1,875%, em contraste com a loucura dos títulos de longo prazo.
Que sinaliza essa divisão? A situação atual do Japão é bastante embaraçosa. Por um lado, a pressão inflacionária força o banco central a endurecer a política; por outro lado, o aumento das taxas de juros elevará diretamente os custos de empréstimos, forçando tanto as empresas quanto os cidadãos a apertar os cintos, o que certamente afetará o consumo e o investimento.
Mas o que realmente merece atenção é a reação em cadeia global. O Japão tem exportado liquidez para os mercados externos há décadas, baseado em políticas de taxas de juros ultra-baixas, com uma grande quantidade de fundos a entrar nos mercados internacionais. Assim que as taxas de juros aumentarem, esse dinheiro poderá retornar ao país, e nesse momento o pool de liquidez nos mercados globais terá que encolher. Ativos de alto risco como as criptomoedas, provavelmente, serão os primeiros a sentir o impacto — com a liquidez a se restringir, a volatilidade dos preços certamente não poderá ser evitada.
Portanto, o foco a seguir é acompanhar as ações do Banco do Japão: afinal, vai aumentar? Quanto vai aumentar? Como será controlado o ritmo? As respostas a estas questões podem decidir diretamente a direção do mercado até o final do ano.