A principal empresa de capital de risco em criptomoedas, Paradigm, anunciou um investimento de 13,5 milhões de dólares na ronda de financiamento Série A da startup brasileira de stablecoins Crown, elevando a avaliação da empresa para 90 milhões de dólares. Este é o primeiro investimento da Paradigm no Brasil, marcando a entrada oficial desta empresa de capital de risco de topo, que já investiu milhares de milhões de dólares em startups de blockchain, no mercado sul-americano, considerado de grande potencial para a adoção de ativos digitais.
Elevadas taxas de juro no Brasil criam vantagens únicas para stablecoins
Ricardo de Arruda, sócio de investimento e pesquisa da Paradigm e brasileiro, afirmou que o sucesso inicial da Crown na expansão da sua escala foi fundamental para que a empresa de capital de risco a escolhesse como primeiro investimento no Brasil. “Quando te tornas a principal stablecoin de uma moeda, o efeito de rede de liquidez que constróis é muito forte. É por isso que a Tether e a Circle têm tido tanto sucesso,” disse de Arruda ao The Block. “É também por isso que esperamos que a Crown tenha o mesmo sucesso, porque a Crown já está bastante à frente de qualquer outra stablecoin de real brasileiro em termos de liquidez.”
John Delaney, cofundador da Crown, afirmou que a taxa de juro de referência no Brasil atinge os 15%, criando uma oportunidade única para stablecoins. “A Tether não paga qualquer rendimento aos seus parceiros, e esse modelo funciona para eles,” disse Delaney ao The Block. “No contexto brasileiro, é praticamente impossível que alguém o consiga fazer. Por isso, o principal objetivo da nossa estrutura é resolver este problema.”
Actualmente, o BRLV está disponível apenas para clientes institucionais, que podem beneficiar do ambiente de altas taxas de juro do Brasil ao deterem BRLV. A Crown obtém rendimentos dos títulos do governo brasileiro que detém para apoiar o BRLV. Segundo a Crown, o montante subscrito do BRLV já ultrapassa os 360 milhões de reais (aproximadamente 66 milhões de dólares).
Segurança de nível institucional e meta de bilião em dez anos
Delaney, advogado nova-iorquino, mudou-se para o Brasil há cerca de 15 anos e interessou-se por criptomoedas no início da década de 2010. O seu cofundador, Vinicius Correa, tem formação técnica e trabalhou na bem-sucedida fintech Nubank. Delaney afirma que a segunda grande vantagem da Crown é oferecer “segurança de nível institucional”, uma vez que a maioria das transacções com stablecoins provém de instituições.
“Estamos a ver uma forte procura no mercado por acesso institucional às taxas de juro brasileiras, tal como acontece com as operações de arbitragem. É quase como uma variante do real brasileiro que pode pagar juros diretamente,” afirma Delaney.
O Brasil é o quinto maior mercado de criptomoedas do mundo, com mais pessoas a investir em activos digitais do que em acções. A Crown prevê um crescimento exponencial tanto nos mercados institucionais como nos de retalho. “O nosso objetivo norteador é ambicioso: queremos atingir um trilião de reais em circulação em BRLV dentro de dez anos,” diz Delaney. “Prevemos que isso represente uma percentagem de um dígito da oferta monetária do Brasil.”
O investimento da Paradigm na Crown representa não só um reconhecimento do potencial do mercado brasileiro, mas também uma aposta no modelo inovador das stablecoins em mercados emergentes de altas taxas de juro.
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Paradigm faz o seu primeiro investimento no Brasil! 13,5 milhões apostados na stablecoin Crown com uma avaliação de 90 milhões
A principal empresa de capital de risco em criptomoedas, Paradigm, anunciou um investimento de 13,5 milhões de dólares na ronda de financiamento Série A da startup brasileira de stablecoins Crown, elevando a avaliação da empresa para 90 milhões de dólares. Este é o primeiro investimento da Paradigm no Brasil, marcando a entrada oficial desta empresa de capital de risco de topo, que já investiu milhares de milhões de dólares em startups de blockchain, no mercado sul-americano, considerado de grande potencial para a adoção de ativos digitais.
Elevadas taxas de juro no Brasil criam vantagens únicas para stablecoins
Ricardo de Arruda, sócio de investimento e pesquisa da Paradigm e brasileiro, afirmou que o sucesso inicial da Crown na expansão da sua escala foi fundamental para que a empresa de capital de risco a escolhesse como primeiro investimento no Brasil. “Quando te tornas a principal stablecoin de uma moeda, o efeito de rede de liquidez que constróis é muito forte. É por isso que a Tether e a Circle têm tido tanto sucesso,” disse de Arruda ao The Block. “É também por isso que esperamos que a Crown tenha o mesmo sucesso, porque a Crown já está bastante à frente de qualquer outra stablecoin de real brasileiro em termos de liquidez.”
John Delaney, cofundador da Crown, afirmou que a taxa de juro de referência no Brasil atinge os 15%, criando uma oportunidade única para stablecoins. “A Tether não paga qualquer rendimento aos seus parceiros, e esse modelo funciona para eles,” disse Delaney ao The Block. “No contexto brasileiro, é praticamente impossível que alguém o consiga fazer. Por isso, o principal objetivo da nossa estrutura é resolver este problema.”
Actualmente, o BRLV está disponível apenas para clientes institucionais, que podem beneficiar do ambiente de altas taxas de juro do Brasil ao deterem BRLV. A Crown obtém rendimentos dos títulos do governo brasileiro que detém para apoiar o BRLV. Segundo a Crown, o montante subscrito do BRLV já ultrapassa os 360 milhões de reais (aproximadamente 66 milhões de dólares).
Segurança de nível institucional e meta de bilião em dez anos
Delaney, advogado nova-iorquino, mudou-se para o Brasil há cerca de 15 anos e interessou-se por criptomoedas no início da década de 2010. O seu cofundador, Vinicius Correa, tem formação técnica e trabalhou na bem-sucedida fintech Nubank. Delaney afirma que a segunda grande vantagem da Crown é oferecer “segurança de nível institucional”, uma vez que a maioria das transacções com stablecoins provém de instituições.
“Estamos a ver uma forte procura no mercado por acesso institucional às taxas de juro brasileiras, tal como acontece com as operações de arbitragem. É quase como uma variante do real brasileiro que pode pagar juros diretamente,” afirma Delaney.
O Brasil é o quinto maior mercado de criptomoedas do mundo, com mais pessoas a investir em activos digitais do que em acções. A Crown prevê um crescimento exponencial tanto nos mercados institucionais como nos de retalho. “O nosso objetivo norteador é ambicioso: queremos atingir um trilião de reais em circulação em BRLV dentro de dez anos,” diz Delaney. “Prevemos que isso represente uma percentagem de um dígito da oferta monetária do Brasil.”
O investimento da Paradigm na Crown representa não só um reconhecimento do potencial do mercado brasileiro, mas também uma aposta no modelo inovador das stablecoins em mercados emergentes de altas taxas de juro.