Desde o verão do DeFi em 2020, o Uniswap consolidou-se como símbolo das finanças descentralizadas—um mercado de liquidez sem restrições, movido por algoritmos. Com a evolução do setor, tokens de governança passaram a enfrentar problemas cada vez maiores de supervisão ineficiente e baixa captura de valor. Os detentores dos tokens contribuem para direcionar as decisões de governança, mas os ativos em si pouco geram rendimento prático. Embora as receitas dos protocolos sigam em alta, esse avanço não se converteu em valor intrínseco para os tokens. A proposta UNIfication representa mais do que um ajuste técnico na tokenomics; é uma reestruturação profunda voltada para aprimorar os incentivos de governança e a eficiência de capital.

(Fonte: Uniswap)
A Uniswap Foundation e a Uniswap Labs comandam juntas essa reforma, com o objetivo de recolocar o token UNI no centro da captura de valor do protocolo. A proposta traz dois mecanismos essenciais:
Com esses mecanismos, o UNI deixa de ser apenas um instrumento de governança para se tornar o motor econômico central do protocolo.
O ponto mais observado na UNIfication é a decisão de queimar 100 milhões de UNI—aproximadamente 16% da oferta total—retirando-os de forma permanente do tesouro. Do ponto de vista da tokenomics, trata-se de uma redução estrutural da oferta com três efeitos principais:
Para os investidores, isso não só eleva as expectativas de deflação, mas também sinaliza que o Uniswap pretende restaurar a confiança em seu ativo.
O Uniswap está ampliando o modelo de queima para sua solução de segunda camada, a Unichain. Desde o lançamento, a Unichain gerou taxas anualizadas de US$ 7,5 milhões. Ao incluir essas receitas no mecanismo de queima, o efeito deflacionário do UNI passa a se estender além da cadeia principal. Isso institui um mecanismo estrutural para todo o ecossistema multichain.
O Uniswap está evoluindo de um protocolo único para uma rede de valor multilayer, tornando o DeFi modular uma realidade. Cada módulo do protocolo retorna valor ao token principal e cria uma economia em ciclo fechado.
Após o lançamento da proposta, o UNI avançou quase 40% em um só dia, atingindo o pico de US$ 10. Em um mercado em que Bitcoin e os principais tokens permaneceram estáveis, essa reação destacou o entusiasmo dos investidores pela captura de valor no nível do protocolo.
Desde 2018, o volume total negociado no Uniswap ultrapassou US$ 4 trilhões. Essa reforma pode finalmente permitir que o protocolo conecte de forma dinâmica o volume negociado ao valor do token.
Além do mecanismo de queima, a proposta institui o Orçamento de Crescimento—liberando 20 milhões de UNI para financiar desenvolvimentos, melhorias no protocolo e iniciativas da comunidade. O Uniswap formaliza sua atuação inovadora, evoluindo seu modelo de governança de simples votação de tokens para governança de financiamento contínuo. Sob o modelo receita → contribuição comunitária → valorização do token, o protocolo estabelece um ciclo autossustentável.
Para saber mais sobre Web3, acesse: https://www.gate.com/
UNIfication vai além de uma atualização de modelo econômico—é uma das poucas propostas da história do DeFi que realmente transformam a estrutura de governança. Busca alinhar os interesses dos provedores de liquidez, detentores de tokens e desenvolvedores, posicionando o UNI como o elo tangível para capturar valor do protocolo. Essa mudança inaugura uma era mais madura para o DeFi. Não é mais apenas um jogo de capital de alto rendimento. Passa a ser um sistema de governança que se retroalimenta, beneficiando comunidade e mercado.





