Com a proximidade do anúncio da nova decisão de juros do Federal Reserve em 10 de dezembro (horário de Nova York), os mercados financeiros globais permanecem em alerta máximo. Diversas instituições projetam um corte de 25 pontos-base. Investidores ajustam suas posições diante da possibilidade de mudança na política monetária, promovendo alterações relevantes na alocação de capital — do sistema financeiro tradicional aos criptoativos.
Nesse contexto, o Bitcoin passou a ser o principal foco do mercado. As expectativas no segmento cripto por “ativos sem rendimento, política monetária acomodatícia e proteção contra inflação” reacenderam o interesse pelo Bitcoin.

Gráfico: https://www.gate.com/trade/BTC_USDT
Dados recentes indicam que o preço do Bitcoin tem apresentado forte volatilidade nos últimos dias. A criptomoeda chegou a superar brevemente US$94.000 antes de recuar para a faixa de US$92.500.
Um relatório destacou que o Bitcoin teve forte recuperação após atingir mínima próxima de US$83.800 no final de novembro. Indicadores técnicos diários demonstraram melhora, sugerindo retomada do viés de alta. No entanto, analistas observam que o Bitcoin oscila entre US$92.800 e US$88.100, sinalizando possível consolidação do mercado.
Taxas de juros mais baixas reduzem os rendimentos dos títulos tradicionais, diminuindo o custo de oportunidade de manter ativos sem rendimento, como Bitcoin e ouro. Assim, criptoativos tornam-se mais atrativos frente ao dinheiro ou títulos de baixo rendimento.
Além disso, uma política monetária acomodatícia costuma indicar estímulos econômicos e maior liquidez. Nesse cenário, ativos de risco — incluindo criptomoedas — tendem a se beneficiar. Pesquisas de mercado apontam que, caso o Federal Reserve reduza os juros, o Bitcoin pode se consolidar como canal relevante para fluxos de capital.
Por fim, com a entrada de investidores institucionais e o aumento do interesse do varejo, a volatilidade dos criptoativos se correlaciona cada vez mais com o mercado de ações tradicional. Para quem busca proteção contra inflação ou desvalorização cambial, o Bitcoin apresenta forte atratividade.
Mesmo com expectativas elevadas de cortes de juros, não há garantia de forte valorização do Bitcoin. Analistas destacam que o mercado pode já ter incorporado os “cortes e a flexibilização” aos preços. Caso o Federal Reserve adote postura mais conservadora, o ativo pode sofrer uma reação de “venda no fato”.
Empresas de pesquisa em criptoativos alertam que o Bitcoin está atualmente em uma “zona estruturalmente frágil”, dificultando a superação da faixa de US$100.000 e tornando o preço suscetível a recuos bruscos diante de pressão vendedora.
Além disso, a atuação crescente de players institucionais reforça a correlação entre ações tradicionais e criptomoedas. A volatilidade em ativos de IA, ações de tecnologia e mercados tradicionais também pode influenciar o Bitcoin. Caso o apetite por risco diminua, o Bitcoin tende a ser pressionado para baixo.
Se você pretende se posicionar em Bitcoin neste momento, mantenha cautela e flexibilidade. Considere os seguintes pontos:
Na véspera da decisão de juros do Federal Reserve, o Bitcoin chegou a US$92.500 diante das expectativas de corte, estimulando o entusiasmo do mercado. No entanto, incertezas — como “expectativas já precificadas, divergência de políticas e faixas estruturais de negociação” — também aumentaram. Para investidores, racionalidade e paciência podem ser mais valiosas do que movimentos agressivos. Se você se prepara para um possível repique, mantenha atenção redobrada aos riscos de queda.





