Quando as ações atingem o limite de queda, realmente consegue negociar?
Muitos investidores de varejo, ao verem uma ação que gostam atingir o limite de queda, têm a mesma dúvida: ainda é possível fazer uma ordem? A resposta é sim, mas se ela será executada ou não, já é outra história.
Quando uma ação atinge o limite de queda, os investidores que querem vender já estão em fila, colocando ordens esperando a negociação. Se você colocar uma ordem de compra nesse momento, ela será imediatamente correspondida, pois há uma montanha de ordens de venda. Mas se você quer vender, precisa esperar na fila, sendo difícil se livrar rapidamente.
Por outro lado, a situação oposta ocorre no limite de subida: colocar uma ordem de compra na fila é fácil, ela é executada em segundos. Essa é a manifestação de um mercado dominado por uma das partes — compra ou venda completamente predominantes.
Qual é a essência do limite de subida e limite de queda?
Limite de subida significa que o preço de uma ação já atingiu o teto máximo do dia, não podendo mais subir. Limite de queda é o oposto: o preço já atingiu o limite mínimo do dia, não podendo cair mais.
Tomando o mercado de Taiwan como exemplo, a regulamentação estipula que a variação diária de ações listadas não pode ultrapassar 10% do preço de fechamento do dia anterior. Se a TSMC fechou ontem a 600 yuans, hoje ela só pode subir até 660 yuans ou cair até 540 yuans.
Como identificar de relance uma ação com limite de subida ou de queda?
A sinalização no painel é bastante intuitiva — ações com limite de subida aparecem com fundo vermelho, ações com limite de queda com fundo verde. Ainda mais importante, o gráfico dessas ações vira uma linha reta, sem oscilações, sendo a característica visual mais evidente.
Também se pode perceber pelo estado das ordens de compra e venda. No limite de subida, há muitas ordens de compra, enquanto as de venda são escassas; no limite de queda, o contrário: muitas ordens de venda, quase sem compradores.
Quais são as razões que levam uma ação a atingir o limite de subida?
Primeira categoria: notícias de grande impacto positivo
Relatórios financeiros explosivos, EPS em alta, grandes pedidos — tudo isso pode disparar o limite de subida. Quando a TSMC recebe pedidos gigantes da Apple ou NVIDIA, o preço muitas vezes fica travado no limite de subida. Políticas governamentais favoráveis também podem impulsionar rapidamente, como subsídios para energias verdes ou políticas de incentivo à indústria de veículos elétricos, levando as ações relacionadas a uma onda de compra.
Segunda categoria: temas em alta
Ações de inteligência artificial, por exemplo, podem disparar o limite de subida devido ao aumento na demanda por servidores. Ações de biotecnologia também são frequentes em especulações. Em períodos de fechamento de trimestre, fundos de investimento e investidores institucionais costumam puxar ações de design de ICs e outras eletrônicas de médio e pequeno porte para impulsionar o desempenho, e qualquer movimento pode levar ao limite de subida.
Terceira categoria: força técnica
Quando uma ação rompe uma zona de consolidação de longo prazo, explode em volume, ou há um excesso de empréstimos de ações (short squeeze), esses fatores atraem compradores ansiosos, levando o preço a ser travado no limite de subida.
Quarta categoria: controle de grandes investidores
Quando fundos estrangeiros, fundos de investimento ou investidores institucionais compram continuamente em grande volume, ou quando os principais investidores mantêm as ações com forte controle, o mercado simplesmente não tem ações suficientes para vender, e uma simples compra pode travar o limite de subida. Os investidores de varejo querem comprar, mas não conseguem.
Quais são as razões que levam uma ação a atingir o limite de queda?
Primeira categoria: impacto de notícias negativas
Relatórios financeiros ruins são causas comuns — prejuízos maiores, queda na margem de lucro, fraudes financeiras, envolvimento de executivos em escândalos, etc. Quando o mercado entra em pânico, a pressão de venda aumenta e é difícil escapar. Quando toda uma indústria entra em declínio, as ações relacionadas também não escapam.
Segunda categoria: risco sistêmico
Impactos sistêmicos, como a pandemia de 2020, fazem muitas ações caírem até o limite de queda. Uma crise na bolsa americana também se transmite, e quando a ADR da TSMC despenca, as ações de tecnologia em Taiwan também são levadas ao limite de queda.
Terceira categoria: venda de grandes investidores e liquidação de margem
Essa é a situação mais temida pelos investidores de varejo. Os grandes investidores elevam o preço para especular, e depois vendem na alta, prendendo os investidores menores. Ainda pior é a liquidação de margem — como na crise das ações de transporte em 2021, quando o preço caiu e acionou chamadas de margem, gerando uma onda de vendas, e muitos investidores de varejo não conseguiram escapar.
Quarta categoria: quebra técnica
Quebrar suportes importantes como a média móvel de um mês ou de um trimestre pode gerar uma pressão de venda por stop-loss, ou uma explosão de volume com candles pretos, sinalizando uma possível reversão de tendência. Quando a pressão de venda de stop-loss surge, a ação tende a cair até o limite de queda.
Os mecanismos de controle de volatilidade entre o mercado de Taiwan e o de EUA são bastante diferentes
O mercado de Taiwan possui o sistema de limites de subida e descida, restringindo a variação das ações a 10%. Mas o mercado americano não tem limites de subida ou descida, e sim o mecanismo de熔断.
O mecanismo de熔断 é uma espécie de parada automática — quando a variação de preço é excessiva, o sistema interrompe as negociações para acalmar o mercado. Nos EUA, há dois tipos:
熔断 do índice: se o S&P 500 cair mais de 7%, o mercado pausa por 15 minutos; se cair mais de 13%, pausa por mais 15 minutos; se atingir uma queda de 20%, o pregão é encerrado naquele dia.
熔断 de ações individuais: se uma ação sobe ou desce mais de 5% em um curto período (por exemplo, 15 segundos), ela é suspensa por um tempo. Os critérios variam conforme o tipo de ação.
Como agir na prática diante de limites de subida ou descida
Primeiramente: análise racional, evitar seguir a multidão cegamente
O erro mais comum de iniciantes é comprar no topo e vender no fundo. Ao ver uma ação atingindo o limite de queda, muitos vendem em pânico; ao ver o limite de subida, compram loucamente. Mas investidores inteligentes devem entender por que a ação atingiu esses limites.
Se uma ação caiu no limite de queda, mas a empresa está operando normalmente, apenas foi arrastada por emoções do mercado ou fatores de curto prazo, é provável que ela se recupere. Nesses casos, a estratégia ideal é manter a posição ou fazer compras parceladas pequenas.
Ao ver limite de subida, não se apresse em comprar. Primeiro, confirme se há notícias realmente boas sustentando a alta, e se essas notícias podem continuar impulsionando o preço. Se os motivos forem limitados ou insustentáveis, o melhor é esperar e observar.
Em segundo lugar: buscar ações relacionadas ou alternativas nos EUA
Quando uma ação sobe no limite de subida por notícias positivas, pode-se considerar comprar empresas relacionadas na cadeia produtiva ou ações similares. Por exemplo, quando a TSMC atinge o limite de subida, outras ações de semicondutores também tendem a reagir.
Além disso, muitas empresas taiwanesas estão listadas na bolsa americana; a própria TSMC pode ser comprada na NYSE ou NASDAQ usando o código TSM. Se não for possível negociar ações locais, usar corretoras internacionais ou plataformas de ações no exterior pode ser uma alternativa melhor.
Resumo dos pontos principais
Tanto em limites de subida quanto de descida, é possível fazer ordens, mas a dificuldade de execução varia. No limite de subida, vender é fácil; no limite de descida, também. O mais importante é entender a força de mercado por trás — uma predominância de compra ou venda que cria esses extremos.
Investidores devem tomar decisões com base na compreensão das razões, e não se deixar levar pelo emocional do mercado. Às vezes, a melhor estratégia é esperar e ter paciência.
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Muitos investidores de varejo, ao verem uma ação que gostam atingir o limite de queda, têm a mesma dúvida: ainda é possível fazer uma ordem? A resposta é sim, mas se ela será executada ou não, já é outra história.
Quando uma ação atinge o limite de queda, os investidores que querem vender já estão em fila, colocando ordens esperando a negociação. Se você colocar uma ordem de compra nesse momento, ela será imediatamente correspondida, pois há uma montanha de ordens de venda. Mas se você quer vender, precisa esperar na fila, sendo difícil se livrar rapidamente.
Por outro lado, a situação oposta ocorre no limite de subida: colocar uma ordem de compra na fila é fácil, ela é executada em segundos. Essa é a manifestação de um mercado dominado por uma das partes — compra ou venda completamente predominantes.
Qual é a essência do limite de subida e limite de queda?
Limite de subida significa que o preço de uma ação já atingiu o teto máximo do dia, não podendo mais subir. Limite de queda é o oposto: o preço já atingiu o limite mínimo do dia, não podendo cair mais.
Tomando o mercado de Taiwan como exemplo, a regulamentação estipula que a variação diária de ações listadas não pode ultrapassar 10% do preço de fechamento do dia anterior. Se a TSMC fechou ontem a 600 yuans, hoje ela só pode subir até 660 yuans ou cair até 540 yuans.
Como identificar de relance uma ação com limite de subida ou de queda?
A sinalização no painel é bastante intuitiva — ações com limite de subida aparecem com fundo vermelho, ações com limite de queda com fundo verde. Ainda mais importante, o gráfico dessas ações vira uma linha reta, sem oscilações, sendo a característica visual mais evidente.
Também se pode perceber pelo estado das ordens de compra e venda. No limite de subida, há muitas ordens de compra, enquanto as de venda são escassas; no limite de queda, o contrário: muitas ordens de venda, quase sem compradores.
Quais são as razões que levam uma ação a atingir o limite de subida?
Primeira categoria: notícias de grande impacto positivo
Relatórios financeiros explosivos, EPS em alta, grandes pedidos — tudo isso pode disparar o limite de subida. Quando a TSMC recebe pedidos gigantes da Apple ou NVIDIA, o preço muitas vezes fica travado no limite de subida. Políticas governamentais favoráveis também podem impulsionar rapidamente, como subsídios para energias verdes ou políticas de incentivo à indústria de veículos elétricos, levando as ações relacionadas a uma onda de compra.
Segunda categoria: temas em alta
Ações de inteligência artificial, por exemplo, podem disparar o limite de subida devido ao aumento na demanda por servidores. Ações de biotecnologia também são frequentes em especulações. Em períodos de fechamento de trimestre, fundos de investimento e investidores institucionais costumam puxar ações de design de ICs e outras eletrônicas de médio e pequeno porte para impulsionar o desempenho, e qualquer movimento pode levar ao limite de subida.
Terceira categoria: força técnica
Quando uma ação rompe uma zona de consolidação de longo prazo, explode em volume, ou há um excesso de empréstimos de ações (short squeeze), esses fatores atraem compradores ansiosos, levando o preço a ser travado no limite de subida.
Quarta categoria: controle de grandes investidores
Quando fundos estrangeiros, fundos de investimento ou investidores institucionais compram continuamente em grande volume, ou quando os principais investidores mantêm as ações com forte controle, o mercado simplesmente não tem ações suficientes para vender, e uma simples compra pode travar o limite de subida. Os investidores de varejo querem comprar, mas não conseguem.
Quais são as razões que levam uma ação a atingir o limite de queda?
Primeira categoria: impacto de notícias negativas
Relatórios financeiros ruins são causas comuns — prejuízos maiores, queda na margem de lucro, fraudes financeiras, envolvimento de executivos em escândalos, etc. Quando o mercado entra em pânico, a pressão de venda aumenta e é difícil escapar. Quando toda uma indústria entra em declínio, as ações relacionadas também não escapam.
Segunda categoria: risco sistêmico
Impactos sistêmicos, como a pandemia de 2020, fazem muitas ações caírem até o limite de queda. Uma crise na bolsa americana também se transmite, e quando a ADR da TSMC despenca, as ações de tecnologia em Taiwan também são levadas ao limite de queda.
Terceira categoria: venda de grandes investidores e liquidação de margem
Essa é a situação mais temida pelos investidores de varejo. Os grandes investidores elevam o preço para especular, e depois vendem na alta, prendendo os investidores menores. Ainda pior é a liquidação de margem — como na crise das ações de transporte em 2021, quando o preço caiu e acionou chamadas de margem, gerando uma onda de vendas, e muitos investidores de varejo não conseguiram escapar.
Quarta categoria: quebra técnica
Quebrar suportes importantes como a média móvel de um mês ou de um trimestre pode gerar uma pressão de venda por stop-loss, ou uma explosão de volume com candles pretos, sinalizando uma possível reversão de tendência. Quando a pressão de venda de stop-loss surge, a ação tende a cair até o limite de queda.
Os mecanismos de controle de volatilidade entre o mercado de Taiwan e o de EUA são bastante diferentes
O mercado de Taiwan possui o sistema de limites de subida e descida, restringindo a variação das ações a 10%. Mas o mercado americano não tem limites de subida ou descida, e sim o mecanismo de熔断.
O mecanismo de熔断 é uma espécie de parada automática — quando a variação de preço é excessiva, o sistema interrompe as negociações para acalmar o mercado. Nos EUA, há dois tipos:
熔断 do índice: se o S&P 500 cair mais de 7%, o mercado pausa por 15 minutos; se cair mais de 13%, pausa por mais 15 minutos; se atingir uma queda de 20%, o pregão é encerrado naquele dia.
熔断 de ações individuais: se uma ação sobe ou desce mais de 5% em um curto período (por exemplo, 15 segundos), ela é suspensa por um tempo. Os critérios variam conforme o tipo de ação.
Como agir na prática diante de limites de subida ou descida
Primeiramente: análise racional, evitar seguir a multidão cegamente
O erro mais comum de iniciantes é comprar no topo e vender no fundo. Ao ver uma ação atingindo o limite de queda, muitos vendem em pânico; ao ver o limite de subida, compram loucamente. Mas investidores inteligentes devem entender por que a ação atingiu esses limites.
Se uma ação caiu no limite de queda, mas a empresa está operando normalmente, apenas foi arrastada por emoções do mercado ou fatores de curto prazo, é provável que ela se recupere. Nesses casos, a estratégia ideal é manter a posição ou fazer compras parceladas pequenas.
Ao ver limite de subida, não se apresse em comprar. Primeiro, confirme se há notícias realmente boas sustentando a alta, e se essas notícias podem continuar impulsionando o preço. Se os motivos forem limitados ou insustentáveis, o melhor é esperar e observar.
Em segundo lugar: buscar ações relacionadas ou alternativas nos EUA
Quando uma ação sobe no limite de subida por notícias positivas, pode-se considerar comprar empresas relacionadas na cadeia produtiva ou ações similares. Por exemplo, quando a TSMC atinge o limite de subida, outras ações de semicondutores também tendem a reagir.
Além disso, muitas empresas taiwanesas estão listadas na bolsa americana; a própria TSMC pode ser comprada na NYSE ou NASDAQ usando o código TSM. Se não for possível negociar ações locais, usar corretoras internacionais ou plataformas de ações no exterior pode ser uma alternativa melhor.
Resumo dos pontos principais
Tanto em limites de subida quanto de descida, é possível fazer ordens, mas a dificuldade de execução varia. No limite de subida, vender é fácil; no limite de descida, também. O mais importante é entender a força de mercado por trás — uma predominância de compra ou venda que cria esses extremos.
Investidores devem tomar decisões com base na compreensão das razões, e não se deixar levar pelo emocional do mercado. Às vezes, a melhor estratégia é esperar e ter paciência.